Se o extintor
for do tipo BC, não importa a validade de cinco anos, terá de ser
jogado no lixo e substituído por um ABC, obrigatório a partir de janeiro de
2015. Cuidado para não empurrarem a você um BC bem barato. As lojas querem se livrar do estoque.
Exija um ABC. Caso contrário, multa de R$ 127,69 e cinco pontos no prontuário.
Um alerta para ninguém cair no conto do vigário e levar outro do tipo BC,
que só vale até dezembro de 2014.
Extintor é uma
aberração. Não defendo sua obrigatoriedade no automóvel.Na verdade, só mesmo
alguns países incoerentes e corruptos como o Brasil ainda exigem o extintor,
mesmo após a injeção eletrônica. Depois que ela eliminou o carburador e
distribuidor, uma dupla que até parece ter sido projetada para botar fogo no carro,
são raros os incêndios em automóveis modernos. Só mesmo em
Kombis e Fuscas...
Extintor sempre foi controvertido. Obrigatório desde 1968, o motorista
dificilmente se lembra de onde fica e tem dificuldade para operá-lo
corretamente. Pior: raramente tem eficiência ao combater incêndio em
automóveis. A exigência foi motivada por um poderoso lobby de fabricantes que
pressionou o Contran para estabelecer a obrigatoriedade. Outros países o
aboliram quando o carburador foi substituído pela injeção eletrônica.
Inacreditável !
Em vez de
abolir o equipamento, a exigência agora é por outro, mais caro e sofisticado.
Há dez anos, não satisfeitos em encher as burras com o bilionário faturamento
de milhões de extintores, os fabricantes carregaram para Brasília mais alguns
“argumentos poderosos” e conseguiram emplacar no Contran uma outra resolução, desta
vez exigindo um novo modelo.
A lei mudou em
2005, começando pelos veículos zero quilômetro.
Vale lembrar
que até o fim deste ano, todos os automóveis terão de substituí-los pelos
do tipo ABC.
Sentiu a mão
entrando duas vezes no seu bolso? Depois de utilizado o dos cinco anos de
validade, o ABC não é reciclável nem recarregável e tem que ser
descartado e substituído por outro novo. Pode?
Fácil ganhar dinheiro com extintores no Brasil, não? Basta multiplicar por R$
50 (custo dele no mercado) as dezenas de milhões de veículos que ainda têm os
antigos, mais os carros na linha de montagem e mais as substituições dos ABC
vencidos para se ter uma ideia de quantas centenas de milhões de reais são
faturados à custa ─ como sempre ─ do indefeso cidadão brasileiro.
Um incalculável faturamento originário de um equipamento que, de pouco
eficiente na época do carburador, tornou-se quase inútil com a injeção
eletrônica dos automóveis modernos.
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