sexta-feira, 26 de junho de 2015

DESABAFO

Olá amigos,

Bom dia!

Uma vez o Rodolpho declarou que quando joga conosco não se importa de ganhar ou perder.

Talvez a maioria compartilhe do pensamento dele.

Certamente não é a principal razão para eu jogar com vocês quase todo sábado. Contudo, eu me importo!

Para o bem ou para o mal, esse é um traço da minha personalidade.

Futebol, vídeo-game, malha, baralho, bolinha de gude, par ou ímpar, não importa o que esteja em disputa. Eu quero ganhar! Nunca liguei para medalha, troféu ou prêmio. O sabor da vitória geralmente é a minha motivação para jogar qualquer coisa.

Tenho consciência de que ganhar ou perder faz parte da vida e todos temos que lidar com isso.

Por mais que me incomode, tento digerir as derrotas da melhor forma possível e, naquilo que é possível, aprender com elas.

Contudo, se existe algo que me perturba, Anderson, Fabio  e Ricardo que me conhecem a mais tempo podem confirmar, é quando perder começa a ser algo constante.

Nesses momentos minha auto-estima baixa e muito do que existe de pior em mim vem à tona. Intolerância e raiva tomam conta e viro o sujeito chato e ridiculamente chiliquento que tem aparecido no campo. Sei o quão duro é me aguentar, pois eu mesmo não me aguento. A situação é tão grave que estou tratando isso com uma psicóloga.

Dentro do nosso universo, a situação não está ajudando.

A última vez em que joguei no time que venceu foi em 9/5, isso depois de amagar um jejum que vinha desde 21/2.

No ano acumulo 4 vitórias, 4 empates e 8 derrotas. Sem falar que em 2014, entre todos vocês fui o jogador que mais perdeu, conforme as estatísticas divulgadas pelo Hélio.

O que torna o quadro ainda mais difícil são as circunstâncias em que as derrotas ocorrem.

O goleiro que quando joga contra fecha o gol, ao jogar no meu time engole frango. Carlos e Serginho que são jogadores diferenciados acertam tudo quando estão do outro lado e não tem o mesmo desempenho quando vestem a mesma camisa quando estão na minha equipe. O Anderson sempre faz gol para o time adversário, mas para o meu nada. O mesmo ocorre com outros.

Azar ou coincidência? Não sei.

Justifica o meu comportamento durante a partida? Obviamente que não.

Entretanto, apresento a vocês essa perspectiva para que pelo menos tenham ideia do que tem passado na minha cabeça.

Imaginem meu humor enquanto voltava para casa e ouvia no rádio o incompetente Corinthians não conseguir sequer empatar com o Santos.

Espero que tenham uma ótima semana.

Um abraço,

Rafael

N.R. = Vários Amigos se pronunciaram a respeito desse desabafo do Rafa. Alguns levaram como uma brincadeira, outros seriamente, mas, no geral, todos entenderam o problema que, com certeza, outros também tem, mas num nível menor do que o exposto pelo redator, escritor, advogado e ex-árbitro da FPF, acima de tudo nosso grande Amigo Rafael. Abaixo a reprodução de algumas respostas (por email) ao assunto publicado com autorização.

TOMAZ:
Rafa eu também tenho a mesma opinião,  quando entro em um jogo seja ele qual for, sempre e para ganhar, sei que as vezes não e possível mas, quando perco fico tranquilo porque sei que fiz o possível para ganhar. Abs

ANDERSON:
Rafa, antes eu tbm era muito competitivo, xingava, gritava com os outros, cobrava porque queria todo mundo acertando e fazendo aquilo que eu achava básico e natural de fazer em campo...

Mas agora que fiquei véio e cheio de contusões, não consigo mais correr e raciocinar o jogo todo, não consigo mais carregar a bola, não consigo mais driblar, não chuto mais com força, não tenho mais tiro (pique), não acerto mais passes e nem arremates como antes, não decido mais partidas (lembro que eu fazia três, quatro gols mesmo sem jogar no ataque... saudades...) e ainda por cima meu grau de miopia da vista aumentou, piorando ainda mais nesta época que escurece cedo... Tudo isso fez eu ser um cara mais calmo em campo (sem eu querer ou perceber)... olha como foi bom eu ter piorado! Kkkkk Assim evito o estresse e os arranca rabo que tinha antes com os colegas... Vou jogar lá no campo mais pra curtir nosso futebol do que pra competir...

Obvio que “las milongas” sempre existirão, afinal é bem legal ser argentino na orelha do juiz...rs... mas é só no campo... sem levar essa bagunça pra fora dele né...

Fica callllmmmmoooo!!!!


MARCELO I:
Desculpas aceitas...tome maracugina, 1L se necessário.....kkkk

MAURÃO:
ola...
 Rafa não se preocupe com as derrotas pois eu ja fiqui quase um ano sem ganhar sempre perdendo, logo suas vitorias viram e vc vai ter motivos para comentalas, vamos rir bastante e tb vamos melhorar a formação dos times equilibrando cada vez mais.
um forte abraço e boa semana para todos
abrs
Maurão  

MARCELO II
Rafa, não deixe se abater pelas derrotas....apenas me escale no outro time...

PROFESSOR CIDO:
O Rafael expõe claramente no texto e sua atitude comprovou que é mesmo um caso de tratamento.
Senti pena dele e confesso que não sei como podemos ajudá-lo a melhorar.
Até sábado com/sem chuva.

CARLÃO:
Ele se mostrou muito competitivo e explosivo.
Confesso que no início também era assim espero que a melhora venha com o amadurecimento
abraço,
Carlâo.

PAULÃO:
Bom dia!!!! O Anderson descreveu, exatamente o que eu penso, meu conselho, como uma pessoa experiente, Eu acho que ele (Rafael) teria que jogar como líbero, porque condições física ele tem de sobra, ele vai muito ao ataque, quando volta pra defesa que nem um louco, ele observa que só tem veterano na defesa, aí, ele não consegue nem marcar e nem desarmar, ou seja, o adversário já contra atacaram e fizeram o gol....Ele não guarda posição, mas, enfim, é jovem, logo
aprende, hora que se tornar um autentico veterano, ai, vai sentir saudade de tudo isso. abraço!!!
até sábado, com/sem brigas.
Paulo Mello
(11) 2161-8327

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