NOVEMBRO AZUL TEM SÁBADO MANCHADO
Clima ameno, campo amaciado pelas chuvas da semana e quórum garantido.
Tudo favorável para um divertido sábado de futebol entre amigos. Certo?
Infelizmente não!
O elemento humano comprometeu o momento tão esperado da semana.
Pior que isso passou a ser algo mais comum do que deveria dentro de um grupo que está junto há quase 30 anos.
O resumo do jogo foi bem exposto pelo Hélio e entendo ser desnecessário fazer maiores considerações nesse sentido.
No lugar de brincar, penso que seja momento de escrever de modo mais sério.
O grupo tem se mostrado incapaz de começar uma partida antes das 16:30.
Raramente temos mais do que 14 pessoas no campo antes das 16:15.
Avisar que não vai jogar depois da quinta-feira, ficar semanas sem aparecer, aparecer de vez em quando ou enviar mensagem de que está chegando ajuda pouco.
Falta comprometimento com o grupo.
Para uma audiência, no emprego ou para qualquer outro compromisso de caráter obrigacional, tomamos cuidados para não atrasar por medo das sanções que estamos sujeitos.
Porém, com os nossos familiares e amigos não agimos com o mesmo cuidado.
Será que as pessoas de quem realmente gostamos merecem menos consideração do que outras que apenas somos obrigados a tolerar?
Falta respeito com o tempo dos outros.
A partida começa, os ânimos acirram e a busca pela vitória se sobrepõem a valores mais importantes.
O amigo que se dispõe a ser árbitro ouve absurdos e tem suas marcações contestadas, cobrado como se fosse um profissional da função, quando deveria receber apenas agradecimentos por desempenhar o papel mais chato do futebol.
As limitações físicas, a falta de condição técnica ou mesmo o azar do colega do time são esquecidas em meio a críticas desmedidas e hostis.
O adversário vira inimigo e o cuidado com a integridade física do outro diminui.
Precisamos a todo momento levar vantagem na formação dos times, nas marcações da arbitragem e nas divididas.
Falta respeito com a honra e a integridade física dos outros.
Quando as coisas não saem conforme a nossa vontade, como crianças mimadas, abandonamos o jogo, ainda que isso estrague a diversão dos demais. Não quero mais brincar!
Churrasco, uniforme novo, blog e o empenho de alguns para unir o grupo parecem ser insuficientes para saciar o egoísmo de cada um.
Daqui algum tempo os abnegados se cansarão, os novos integrantes desanimarão, a saúde e as consequências do inevitável envelhecimento falarão mais alto.
Então faltarão pessoas e sem elas o grupo morrerá.
E sobrará saudade dos bons tempos que poderiam ser um pouco mais longos se tivesse havido mais de boa vontade e cooperação de cada um.
Rafael Ferreira da Silva
Mais um ótimo texto do Rafa, para reflexão de todos.
Hélio
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