quarta-feira, 6 de maio de 2015

Minha opinião: Os altos salários dos técnicos de futebol



Repetindo minha opinião (texto publicado em 2011)

Técnico de futebol tem uma vida profissional longa, não é como o jogador, que trabalha só até os 30, 35 e, depois disso, nenhum time quer saber mais dele, com raríssimas exceções. Comparo o atleta à prostituta: depois dos 30 mal consegue seu sustento. O jogador é que se arrisca, põe seu corpo, suas pernas para serem quebradas por um adversário violento, ou, às vezes apenas imprudente. O técnico, reconheçamos: usa sua experiência, transmite-a aos jogadores e dependendo de muita psicologia, consegue o resultado desejado do grupo...mas daí a ganhar como atleta...não concordo! Vejam o Zagalo: 80 anos e ainda trabalhando! Tantos outros técnicos quando morreram, idosos, ainda exerciam a profissão que, no tempo deles, o faziam mais por prazer, não tinham essa ganância dos de hoje. Lembram-se? Yustrich, Zezé Moreira, Lula (do Santos - do time do - Pelé morreu doente, jovem, 50 anos acho, mas para técnico foi jovem)  Aymoré Moreira, mais recentemente o João Saldanha, o Telê Santana.
Fala sério!!! Jogador tem razão em pedir muito pelo seu futebol mas, técnico deveria ter um teto salarial, regulamentado...não sei como.

Um comentário:

  1. Pessoalmente entendo que a remuneração de qualquer profissional deve ser proporcional ao tamanho de sua contribuição à instituição que foi contratado para servir. Dentro desse raciocínio, concordo que jogadores diferenciados, decisivos positivamente na conquista de seus times, ganhem mais que seu colegas. Penso que o mesmo raciocínio deve ser empregado para um técnico de futebol. Trata-se de uma posição de liderança, que se não for bem exercida, pode gerar sérios problemas dentro do grupo, comprometendo o resultado em campo. Assim, um técnico que efetivamente apenas coordena os treinos e organiza a equipe tem menos valor do que aquele que além de fazer tudo isso, ainda recupera jogadores em má fase, descobre jovens talentos e insere princípios de gestão dentro do clube que sobreviverão mesmo depois de sua saída. No caso do Corinthians, por exemplo, um Tite talvez valha mais do que a maioria dos jogadores do elenco. No Santos atual a situação já é diferente. Tudo depende das circunstâncias e da forma de trabalho que a diretoria do clube pretende seguir. Penso que no Brasil temos pouquíssimos profissionais que efetivamente mereçam receber os altos salários que ganham. Já na Europa existem técnicos que são o grande diferencial.

    ResponderExcluir